Pra q nexo?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

1 ônibus, 1 último ponto, 1 "viagem" em pé. (e pra que nexo?)


Causos... ah os causos...
. E quem nunca ouviu, mesmo que sem querer uma conversa no ônibus? Pois hoje mais que intencionalmente, me dediquei a isso. E como me foi construtivo!
Depois do árduo dia de estágio ouvi...
. - as reclamações sobre a velocidade do motorista; é essa vida de horários apertados, vida "corrida", tudo pra todo mundo é lento demais, ao invés de curtir a paisagem (Cajuru/Divinópolis) , a única coisa que conseguimos pensar (claro que me incluo) é em chegar em casa e no quanto as pernas doem.
. - a história de uma traição e de um filho que não tinha a cara do pai; e não é que a "minina" era minha parenta... história complicada... dela, do vizinho e do marido. O filho? coitado...
. - o dilema do homem sem o dinheiro pra "passaginha"; a cobradora de repente disse: - é dois e vinte cinco - e ele sorri (meio que dizendo, e não foi isso que eu te dei?), ela insiste e explica: - você me passou só 25 centavos, ele olha e diz: - ham! Não entendi realmente o que aconteceu, havia algo há mais pertubando meus pensamentos, pensei em pegar dois reais na bolsa e pagar, mas veio em minha cabeça as famosas recomendações maternas... imagine se fosse um ladrão?! Senti uma ponta de medo, afinal quem em sã consciência faria algo assim? eu poderia ser até mal interpretada! E prejuízo é só o que desejo pra Braulino!
. - a alegria da cobradora que vai se casar Domingo; oh! doce ilusão, tão animada sonhando em ter em sua vida um romance de telenovela... em suas próprias palavras ouvi que após um namoro de seis anos ela iria se casar, a conversa começou quando uma conhecida (dela) perguntou, após ver sua aliança, se ela estava noiva, e a cobradora começou a tecer a conversa sobre os preparativos... que seja feliz! Se possível for nessas condições...
. - os elogios a um novo modelo de celular; último lançamento... isso, aquilo... só não consegui descobrir se ele fazia e recebia ligações, mas até que era "bonitinho" o exemplar. Imagine uma pessoa que consegue falar 40 min sobre o novo brinquedinho? Não que eu tenha aguentado ouvir mais que 2, mas percebi em observações espaçadas que o assunto não mudava, só tive pena da pessoa que estava ao lado.
. ... mas logo adiante, depois de tanta experiência vivida um lugar se vagou, e sentei-me do lado de um leitor de Fernando Pessoa, oh... outra forma de experiência sem experimentação, mas ali fora as olhadelas pra descobrir que livro seria aquele, eu, depois de tanta informação me permiti apenas refletir sobre aquilo que havia observado.

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